Numa ação descontrolada, a Polícia Militar do Distrito Federal atacou manifestantes pacíficos que exerciam seu direito democrático de se manifestar contra as reformas do governo Temer, nesta quarta-feira (24/05), em Brasília. A marcha foi invadida por black blocs, vândalos, criminosos alheios ao movimento sindical, que atuam de forma independente.
Provocados pelos invasores (black blocs), a PM do DF demonstrou total descontrole e despreparo na contenção desses vândalos, que mancharam o movimento dos trabalhadores e das centrais sindicais, jogando bombas de efeito moral e spray de pimenta de forma indiscriminada, não tendo capacidade de deter os invasores do movimento.
É lamentável a atitude da PM de Brasília e, pior, mais lamentável ainda querer atribuir a culpa pela violência gerada na manifestação aos trabalhadores, trabalhadoras e centrais sindicais. As manifestações devem ser respeitadas e os vândalos devem ser responsabilizados, pois tentam manchar o movimento legítimo das centrais sindicais e dos trabalhadores e trabalhadoras brasileiros.
Não somos responsáveis pelos ataques, não somos parte deles e nem faremos. Lutamos, sim, por um país que defende o seu povo, o que não é o caso do atual governo ilegítimo do Brasil. As autoridades precisam identificar e punir indivíduos (os black blocs, mascarados, entre outros vândalos) ao invés de reprimir todo o coletivo (centrais sindicais e movimento sindical), de forma generalizada. Só assim serão resolvidos os problemas de violência. Colocar o exército na rua para impedir a livre manifestação é uma medida extrema, típica de um governo autocrático que se agarra desesperadamente ao poder. Isso não vai solucionar a questão.
Não somos a favor da violência, da destruição do patrimônio público e tampouco fazemos parte desse tipo de grupo radicalista, que desrespeita a integridade física, política, democrática e cultural das pessoas. Somos totalmente contra a violência, a balbúrdia e a desordem. Esperamos, sim, que as autoridades estejam melhor preparadas para protegerem seu povo.
Parafraseando os políticos da atualidade, os sindicatos, o movimento sindical e as centrais sindicais não podem ser balizados nem confundidos com essa minoria ruidosa de vândalos sem comando, conhecida como "black blocs".
Momento em que os trabalhadores foram atacados pela
PM-DF com spray de pimenta e bombas de efeito moral
