Ocorre nesta quinta-feira, 19 de maio, em São Paulo/SP, a primeira rodada de negociação da nova Convenção Coletiva de Trabalho dos Empregados em Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis (CVL) do Estado de São Paulo, representados pela FETHESP e sindicatos filiados.
Conforme previamente discutido em reunião na federação, no dia 19 de abril, os representantes dos trabalhadores irão reivindicar ao Secovi-SP o reajuste de 15% calculado sobre os salários de 2015, com duas faixas de pisos salariais, sendo uma de R$ 1.034,00 e outra de R$ 1.258,00, vale refeição de R$ 18,00 por dia e cesta básica de R$ 230,00 por mês.
Como a negociação de CVL deste ano possui também reivindicações sociais, serão pedidos, ainda, PPR (Programa de Participação nos Resultados), adicional noturno de 25%, adicional por tempo de serviço, vale transporte gratuito, jornada de 40 horas semanais, plano de assistência social e familiar, entre outras.
João Mendonça da Silva Filho, presidente do Sindeturh Presidente Prudente
Segundo o presidente do Sindeturh Presidente Prudente, João Mendonça da Silva Filho, a negociação deverá ser complicada, mas a expectativa dos trabalhadores é boa. “Da forma como definimos na reunião passada, acredito que a negociação vai ser melhor do que nos outros anos. Acredito que a nossa comissão vai trazer bastante resultado e vamos conseguir ficar acima da inflação.”
Também está na pauta da negociação o pedido de criação de diferentes faixas salariais por função, além das duas que já existem atualmente. Segundo o presidente do SETH São José do Rio Preto, Sérgio da Silva Paranhos, a intenção com isso é tentar garantir aumento salarial aos trabalhadores além do índice de reajuste a ser definido.
Sérgio da Silva Paranhos, presidente do SETH São José do Rio Preto
“Nesse momento da economia, que está difícil para discutir percentuais de aumento, você pode, a partir do momento que criar essas faixas, já ter estabelecido pelos próprios pisos a garantia, e aí o índice de reajuste é uma outra situação. É uma experiência que tem de ser feita. Acho que temos que nos debruçar em cima disso para negociar”, explica Paranhos. “Acredito que isso valorizaria a categoria e facilitaria as próprias contratações e a administração. Discutir isso é, inclusive, uma promessa do próprio Secovi feita já há dois anos.”