Por Augusto do Jornal
As eleições 2018 para presidente da República têm tudo para ser um marco diferente na história política brasileira. Pelos números das pesquisas recentes e pelo fato de o ex-presidente Lula ficar praticamente de fora da disputa – já que está preso e com a ficha suja –, existe a grande possibilidade de haver uma ruptura nas sucessões do PSDB e do PT dos últimos anos.
E o novo caminho abre espaço para uma correlação de forças inusitada, jamais vista. Nomes até então desconhecidos (outsiders) podem surgir como meteoro. Há também a chance de um político da velha guarda se beneficiar da ausência de Lula, do PSDB fraco nas pesquisas, e vencer as eleições.
Essa avaliação ganha força por conta da soma de eleitores ainda indecisos com os que se dizem dispostos a votar em branco ou anular o voto. São nada menos que 45% dos entrevistados pela pesquisa da CNT (Confederação Nacional do Transporte) divulgada na segunda-feira, 14 de maio. Ou seja, ainda há espaço para conquistar o voto de muita gente antes de outubro, mês das eleições.
Entre os nomes considerados pré-candidatos a presidente, acredito que exista um com legítima condição de ocupar o vácuo deixado pelos grandes partidos tradicionais. Ele é João Goulart Filho, do recém-criado Partido da Pátria Livre (PPL). Filósofo, ex-deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, João Goulart carrega em seu perfil o fato de ser filho do ex-presidente da República João Goulart (o Jango), deposto do cargo pelo Comando do Exército durante o Golpe Militar de 1964.
As ações em benefício do povo praticadas durante o governo de Jango presidente são vivas na memória de João Goulart Filho. Ele sabe que no mandato de seu pai (de 1961 a 1964), o salário mínimo foi reajustado em 100%, devido à perda acumulada do poder de compra dos trabalhadores e pelos compromissos do então presidente com os mais necessitados. Jango queria mais: promover a distribuição de renda, combater a inflação, acelerar o crescimento econômico e implantar a reforma agrária. Na época, porém, tais medidas não foram concretizadas porque desagradavam os grandes latifundiários, os empresários e as Forças Armadas.
Para resgatar as ideias de seu pai, João Goulart Filho propõe lançar “reformas de base” que incluem: reforma agrária, reforma urbana, reforma tributária, reforma educacional, lei de remessas de lucros e outras.
E é essa capacidade herdada por João Goulart Filho – mesmo ainda não pontuando nas pesquisas eleitorais – que o credencia a ocupar a Presidência do Brasil e iniciar um governo voltado para as transformações sociais, com menos desigualdade, mais justiça, menos fome, mais emprego, menos violência, mais segurança.
Portanto, fiquem atentos eleitores! O país precisa de um novo Jango: João Goulart Filho.
José Augustinho dos Santos, o Augusto do Jornal, é presidente do Seecmatesp, 2º vice-presidente da Fethesp, diretor nacional de Finanças da CGTB, e pré-candidato a deputado federal pelo PPL