Por Augusto do Jornal
Antes de assumir a Presidência da República, Jair Bolsonaro já iniciou o período de transição e demonstra não estar preparado para assumir o mais importante cargo do Poder Executivo brasileiro. Quer enxugar a máquina, cortando ministérios, mas promete mexer onde não deveria ao anunciar que estuda dar fim ao Ministério do Trabalho e Emprego. O MTE foi criado pelo ex-presidente Getúlio Vargas na década de 30. Desde a sua criação, a instituição exerceu papel relevante no equilíbrio das relações entre Capital e Trabalho. Através do Ministério do Trabalho foram estabelecidas as Normas Regulamentadoras (NRs), as Instruções Normativas, diversas Portarias, enfim, tudo voltado para beneficiar e proteger os milhões de trabalhadores brasileiros, tanto no chão de fábrica, quanto no escritório de luxo com ar condicionado. Recentemente, houve também abuso na gestão do MTE, revelados pela Operação Registro Espúrio, por conta de vantagens indevidas em troca de concessão de registro sindical. Felizmente isso foi investigado e seus autores estão sob a mira da Justiça. Por outro lado, isso só fortalece o papel das instituições brasileiras e não apaga o importante legado que o Ministério do Trabalho e Emprego tem na história política do país. Acorda Bolsonaro!
José Augustinho dos Santos, o Augusto do Jornal, é presidente do SEECMATESP, 2º vice-presidente da FETHESP e diretor nacional de Finanças da CGTB