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Notícias 11/4/2024 17:54:30 » Por Atualizado em 4/11/2024 22:35h

18 anos do Viver Mulher, da Contratuh - A importância da saúde mental

A edição de 2024 do seminário Viver Mulher, que nossa afiliada Confederação Nacional dos Trabalhadores em Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH) realiza há quase 20 anos, teve a saúde mental como tema central





Maria dos Anjos Hellmeister (Mariazinha), presidente do Sindebeleza-SP, diretora de Relações Institucionais da FETHESP e diretora da Mulher e Gênero da CONTRATUH


As principais representantes da Confederação falaram no encontro nacional de mulheres que tem como factotum a nossa colega Maria dos Anjos Hellmeister, a Mariazinha.


Mais de 70% dos quatro milhões de membros do CONTRATUH são mulheres.


Este ano o encontro foi realizado – pela primeira vez desde o fim da pandemia – presencialmente em Belo Horizonte, Minas Gerais, com transmissão ao vivo pelo canal do YouTube, no dia 22 de março.


Entre as apresentações, destacam-se a da procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT) e vice-coordenadora nacional da Comissão de Promoção da Igualdade de Oportunidades do MPT Fernanda Barreto Naves e a da Dra. Odette Reis, auditora fiscal do trabalho e médica especialista em medicina do trabalho.


Barreto falou sobre a violência cotidiana contra as mulheres no mundo do trabalho, e Reis aprofundou-se no assédio moral e sexual também no ambiente de trabalho e suas consequências na saúde mental dos trabalhadores.


Assédio, o distúrbio mais importante


De acordo com um estudo do DIESSE, as mulheres dedicam cerca de 17 horas por semana ao cuidado dos filhos e às tarefas familiares e domésticas, em comparação com 11 horas para os homens.


“Muitas empresas ainda tendem a perguntar às mulheres que procuram emprego se têm filhos ou se pretendem tê-los. Esse tipo de questionamento não é feito ao homem, então é uma forma de violência discriminatória contra a mulher”, exemplificou Barreto.


Ambas as profissionais concordaram que a principal violência que as mulheres sofrem no ambiente de trabalho é o assédio moral e sexual.


Reis destacou a importância da Convenção 190 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que fornece um quadro jurídico para um problema cada vez mais preocupante.


“A Convenção 190 define os assédios moral e sexual no trabalho e busca promover ambientes de trabalho livres de qualquer tipo de violência”, destacou.


Trabalho e transtornos psicológicos


De acordo com um relatório recente da Organização Mundial da Saúde, os transtornos mentais são a principal causa de incapacidade para o trabalho.


“Ambientes de trabalho saudáveis ​​e livres de violência influenciam positivamente os trabalhadores”, disse Ángela Matilde Soares, psicopedagoga e professora que se aprofundou nas causas que levam a vários transtornos mentais.


O assédio moral e/ou sexual no trabalho pode gerar ansiedade, apatia, depressão, irritabilidade e alterações de humor, entre outros, disse.


Também hipertensão, alterações de peso, queda de cabelo, enxaquecas e úlceras, e do ponto de vista comportamental, distúrbios alimentares, disfunções sexuais, aumento do consumo de drogas, tabaco e álcool.


A Regional Latinoamericana (Rel) da UITA, por meio do Comitê Latino-Americano de Mulheres (Clamu), vem trabalhando na importância de ratificar a Convenção 190 da OIT sobre violência e assédio no mundo do trabalho.


Desde a sua aprovação, em junho de 2019, as organizações sindicais filiadas à UITA vêm gerando espaços de debate com o objetivo de contribuir na formação das organizações filiadas para o conhecimento e atuação sindical desta importante regulamentação.


Cabe ressaltar que o Brasil ainda não ratificou a C190.


Fonte: UITA (União Internacional dos Trabalhadores de Alimentação, Agricultura, Hotéis, Restaurantes, Catering, Tabaco e da Associação dos Trabalhadores Aliados)


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