Concentração da manifestação ocorreu na Praça Ramos de Azevedo, no centro da cidade de São Paulo
A Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado de São Paulo – FETHESP participou, na sexta-feira (30/06), da manifestação organizada pela UGT-SP na capital paulista, que teve como objetivo conscientizar a população dos prejuízos que a reforma trabalhista proposta pelo governo de Michel Temer, que está em tramitação em Brasília, irá trazer aos trabalhadores.
Os sindicalistas distribuíram panfletos e utilizaram um caminhão de som para informar e alertar a população dos efeitos danosos da reforma trabalhista para a classe trabalhadora, como, por exemplo, jornada intermitente de trabalho, fim da homologação da rescisão de contrato de trabalho nos sindicatos, redução de horário de almoço e descanso, limitação de acesso à Justiça do Trabalho, acordos individuais de trabalho entre patrão e empregado, fim da proibição de trabalho de gestantes e lactantes em locais insalubres, entre outros.
O presidente da FETHESP e secretário de finanças da UGT-SP, Rogério Gomes, foi o coordenador da manifestação na capital paulista, que teve adesão de diversas entidades e centrais sindicais.
Outras manifestações ocorreram simultaneamente em várias cidades do Estado de São Paulo, organizadas por sindicatos filiados à UGT-SP, conforme estabelecido no seminário de Tupã/SP, realizado no dia 22 de junho. Entidades sindicais filiadas à FETHESP também aderiram aos atos realizados no interior paulista.
Em São Paulo/SP, o ato teve início às 11h, na Praça Ramos de Azevedo, e seguiu de forma totalmente pacífica pelas ruas do centro da cidade até a rua Martins Fontes, onde os dirigentes das centrais discursaram em frente à Delegacia Regional do Trabalho.
Em seu discurso, o presidente Rogério Gomes saudou os dirigentes das centrais e demais companheiros presentes ao ato e falou em nome dos trabalhadores em Turismo e Hospitalidade. “Essa reforma nojenta ataca os direitos dos trabalhadores e nós, na unidade das centrais, não podemos permitir que esse desgoverno continue com o ataque ao movimento sindical”, disse. “É humanamente impossível aceitar que os trabalhadores tenham que negociar reajuste salarial diretamente com os patrões, sem a interferência do movimento sindical, porque nós sabemos que nenhum patrão dá aumento de salário por livre e espontânea vontade. É o movimento sindical que faz essa luta e nós não aceitamos esse ataque do governo, que vem tentando tirar esse direito dos trabalhadores. Nós temos que dar nossa resposta em Brasília, nós temos que mudar esse Congresso Nacional e mostrar para os parlamentares que a força dos trabalhadores continua sendo a força do movimento sindical.”
Presidente da FETHESP e secretário de finanças da UGT-SP, Rogério Gomes, foi o coordenador da manifestação na capital paulista
Também presente à passeata, o presidente da UGT-SP e da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta, agradeceu aos colegas de Diretoria da UGT Estadual de São Paulo pelo esforço feito na realização das manifestações em todo o Estado e ressaltou a necessidade de o movimento sindical reforçar sua atuação política em Brasília. “Estivemos em Brasília todas essas semanas e vimos o quanto é difícil falar com alguns deputados que nem sabem o que é esse projeto da reforma trabalhista. Cabe a nós, agora, vigiar deputados e senadores que votaram contra nós. Os três senadores do Estado de São Paulo estão contra nós. Em 2018 temos que saber eleger os nossos representantes”, afirmou.
Presidente da UGT-SP e da Fecomerciários, Luiz Carlos Motta
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