Filiada à UGT, FETHESP se uniu às demais centrais na mobilização contra as reformas e o desmonte de direitos
A Federação dos Empregados em Turismo e Hospitalidade do Estado de São Paulo – FETHESP, por meio de seus diretores e colaboradores, participou do “Dia Nacional de Mobilização”, na sexta-feira (10/11), em São Paulo/SP, para manifestar repúdio contra a reforma trabalhista (Lei nº 13.467/2017), contra a reforma da Previdência (PEC 287/2016) e contra a tentativa do governo de alterar o conceito e a fiscalização do trabalho escravo através da Portaria nº 1.129/2017, do Ministério do Trabalho.
A manifestação foi convocada pela centrais sindicais, entre elas a União Geral dos Trabalhadores - UGT, da qual a federação é filiada. Participaram do ato trabalhadores, sindicalistas, dirigentes e representantes de movimentos sociais e da sociedade civil.
“É fundamental, neste momento, esclarecer os trabalhadores sobre os riscos contidos na nefasta reforma trabalhista promovida pelo atual governo, uma vez que possibilita aos patrões a retirada de direitos conquistados ao longo dos anos através de muita luta do movimento sindical brasileiro”, disse o presidente da FETHESP e secretário de Finanças da UGT-SP, Rogério Gomes. “É hora de resistir e de lutar pelo maior movimento social organizado deste País.”
Manifestação na Praça da Sé, em SP, reuniu centrais sindicais, trabalhadores e movimentos da sociedade civil
De acordo com o presidente da UGT, Ricardo Patah, embora a lei já tenha entrado em vigor, a central vai continuar em busca do diálogo para reverter alterações feitas em itens, como a permissão para que mulheres grávidas trabalhem em locais insalubres, o trabalho intermitente, a terceirização generalizada, o fim da homologação com assistência dos sindicatos, entre outros. “Não queremos greve nem paralisações. Queremos diálogo. A reforma trabalhista não vai gerar nenhum emprego. O que gera emprego é uma reforma tributária, uma reforma do Estado e o fim da corrupção”, disse.
Segundo o dirigente, alguns itens da nova lei trabalhista são tão ruins ou estão tão incertos, que vários tribunais do Brasil suspenderam por 15 dias os processos para tentar entender como julgá-los. “Precisamos construir algo equilibrado. Essa reforma é essencialmente empresarial. Não tem nenhum artigo com foco social e ainda quer exterminar com o movimento sindical brasileiro, que acabou com a ditadura, com a inflação e construiu a política do salário mínimo. Não existe democracia sem um sindicalismo forte.”
Presidente da FETHESP e secretário de finanças da UGT-SP, Rogério Gomes, com o presidente da UGT-SP, Luiz Carlos Motta, e o vice-presidente da UGT-SP, Amauri Mortágua
Patah falou, ainda, da atitude do governo em fazer vistas grossas para que não haja fiscalização ao trabalho análogo à escravidão e sobre a reforma previdenciária “que vem aí para tirar mais direitos dos trabalhadores. Não podemos permitir. Precisamos nos unir e utilizar nossa maior arma, que é o voto. Ano que vem há eleições. Precisamos eleger candidatos que prezem pelos direitos dos trabalhadores”.
(Com informações da UGT)
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